Definir um celebrante é uma
tarefa fácil e objetiva. Talvez a melhor forma seja começar pela definição
encontrada nos dicionários: ce·le·bran·te /adjetivo m+f sm+f /Verbo:
celebrador. /Religioso: Que ou aquele que oficia cerimônia.
O celebrante é para oficiar um
ato, por exemplo, um casamento. O ofício é uma atividade para conduzir os
gestos litúrgicos, se concretizar o ato, o objetivo final. No caso do
casamento, para a Igreja Católica Apostólica Romana e a maioria das Igrejas
tradicionais por exemplo, o celebrante é apenas uma testemunha qualificada, ou seja, ele representa a Igreja para o
ofício do casamento mas não possui responsabilidade sobre o mesmo. Na ICAR
(Igreja Católica Apostólica Romana) os Ministros da Eucaristia, com autorização
do Bispo, também podem oficiar casamentos.
O casamento, o matrimônio é
realizado oficialmente e tecnicamente, pelos nubentes, pelo casal. Os votos são
realizados entre duas pessoas que se amam e se comprometem perante o Estado
pelo casamento civil e com a Igreja (se for o caso) pela vontade pessoal do
casal. O que quero dizer, pela visão
teológica e litúrgica o celebrante não se envolve diretamente sobre o sucesso,
ou mesmo o fracasso dos casamentos realizados. Existe uma frase tradicional
para quem estuda Direito Canônico e sobre matrimônio que diz: “Quem realiza o casamento são os noivos!”
Sobre o que é um celebrante e o
local da celebração, não sendo no templo católico, muitos casamentos são
realizados por celebrantes em vários sítios, salões de festa e buffet. São
casamentos verdadeiros realizados com autenticidade, com registro no cartório
civil na grande maioria das vezes e são assistidos por pessoas qualificadas. Estes
celebrantes são homens e mulheres, graduados em várias áreas e com cursos
realizados para celebrar em qualquer local escolhido pelos noivos. O sonho do
casal não é apenas um imaginário, mas a realização de uma celebração festiva
com pessoas amadas, amigos e familiares. Entre os celebrantes estão muitos
pastores de grandes e pequenas igrejas, padres casados, teólogos, profissionais
qualificados que atendem de forma afetiva e efetiva a todos os casais que os
procuram.
Sobre o local da celebração
ainda, tenho a dizer que diversos locais para eventos possuem espaços
maravilhosos com a finalidade de atender uma celebração digna, com tudo a quem
tem direito! O aspecto religioso da pessoa humana está em seu interior, a
Igreja que cada um possui, começa no coração, a fé é algo subjetivo que não
pode ser medido e julgado.
Quanto ao valor de uma celebração
ser feita dentro ou fora do templo (extra
muros), não é possível se fazer julgamentos.
Jesus ou mesmo a Sagrada Escritura não possui informações ou fundamentos a sustentar esta discussão, mas apenas reforça o aspecto de que os atos de fé não
possuem lugar quando realizados com convicção, verdade e amor. Eu quando
celebro na natureza, costumo dizer : “ ...o gramado agora é o nosso
tapete, os caules das árvores são as colunas de nossa igreja e o céu é a grande
cúpula de nossa catedral para a celebração...”.
André Grandi é celebrante ecumênico, teólogo graduado pela PUC MINAS, estudou
filosofia pela UCPEL, liturgia pela OSB (Ordem de São Bento), graduou-se em
Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto Metodista Izabela Hendrix (IMIH) e hoje
de especializa em MBA. Acesse: https://www.facebook.com/grandi.casamentos